sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009
Fotografias em queda livre revelam mais do que a leveza do ser
Em tempos de virtualização e desaparecimento do espaço público, fotógrafos internacionais se dedicam a imagens de pessoas levitando ou em queda livre. Entre eles, o brasileiro Aziz Ary com o projeto "Voar é preciso".
Nos últimos anos, fotos de pessoas pulando, levitando ou em queda livre viraram tema, não somente através da fotografia artística, mas também por meio de atividades físicas como o parkour, a arte de encurtar a distância de um ponto a outro usando apenas a habilidade corporal – como atravessar a cidade pulando telhados e ultrapassando obstáculos.
Uma tendência que também se evidencia na propaganda e no cinema, como mostra o caso do filme Jumper (saltador), lançado em 2008. O mais interessante é que artistas de diversas partes do mundo parecem abordar o mesmo tema, muitas vezes sem tomar conhecimento da obra semelhante de outros artistas.
Embora com diferentes entornos, cores e locações, a fotografia em queda livre hoje faz parte do trabalho de diversos fotógrafos internacionais, como o francês Denis Darzacq, o americano Elijah Gowin, a alemã Julia Fullerton-Batten, o chinês Li Wei, a inglesa Sam Taylor-Wood e o brasileiro Aziz Ary.
Feitas sem nenhum truque fotográfico, as imagens de pessoas levitando que o brasileiro Aziz Ary realizou em diversos lugares do mundo aludem a um sonho de liberdade, de transcender o comum levando consigo quem se dispuser, afirmou o fotógrafo à Deutsche Welle.
O que começou como uma simples ilustração no perfil que mantinha numa rede social na internet suscitou o interesse de muitas pessoas. A partir daí, Aziz Ary teve a ideia de dividir essa "miragem fotográfica" convidando, através da internet, amigos e desconhecidos a participarem das fotos.
No projeto, que o autor chamou de "Voar é preciso", as pessoas são convidadas a abandonar o solo segundo suas capacidades físicas. Aos internautas que lhe perguntam como faz suas fotos, Aziz Ary responde: "Muito simples. Você quer voar também?".
Durante os meses que passou na Europa recentemente, a quantidade de pessoas interessadas e dispostas a fazer as fotos tornou-se maior que seu tempo disponível, conta o fotógrafo. As imagens surgiram espontaneamente durante os encontros com os modelos, a partir da influência do local, da luz, do imprevisto, acresceu.
Aziz Ary explicou que uma situação recorrente é a escolha de algum local próximo à moradia dos modelos, que participam ativamente do projeto através de afirmações como "Quero voar sobre a ponte que atravesso todos os dias", "Tenho um velho jacaré empalhado, posso voar com ele?" ou "Sou dono de um bar. Que tal fazer levitar toda a minha clientela?".
Fonte: Carlos Albuquerque / Deutsche Welle.
Achei intrigante!
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3 comentários:
Adorei essas imagens!
Vou deixar o High School Musical de lado e adotar essa técnica agora nas minhas proximas fotos de pulinhos :-) hhehee
Beijossss
Bom que vc gostou LU. Aziz Ary
http://vimeo.com/user2066332
ai mais pra vc LU
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